Vídeo interativo: o formato que falta nos seus treinamentos

Você já assistiu a algum vídeo, hoje? De acordo com a Cisco, empresa global de TI e redes, o Brasil já é o segundo país do mundo com o maior número de visualizações em vídeo pela internet, com 11 bilhões por mês. Considera-se que 96% dos brasileiros consomem conteúdo no formato.

Outro dado interessante: também segundo a Cisco, até 2020, 82% do tráfego da internet ficará por conta dos vídeos online.

Isso não é pouca coisa, certo? Está aí um gigantesco motivo para você começar a pensar em aplicar o vídeo interativo na sua empresa. Mas o que é, propriamente, um vídeo interativo?

Continue acompanhando o artigo e entenda de uma vez por todas por que você deve apostar nesse formato, na educação corporativa.

O que é e quais os objetivos do vídeo interativo?

Se você trabalha com treinamento e desenvolvimento de pessoas, já deve ter escutado sobre vídeos longos serem monótonos e não tão eficientes na questão da captura de conhecimento.

Ao contrário de acompanhar um vídeo usual, no qual a passividade do colaborador que assiste pode não gerar tanto engajamento, a proposta interativa chama a atenção e desperta mais o interesse.

Um exemplo básico de interação é a pausa para fazer alguma pergunta direta ao funcionário. Assim, você consegue envolvê-lo e concentra as suas atenções nos pontos sensíveis de aprendizagem que precisa destacar no seu planejamento de e-learning.

Imagine que, em determinado trecho do seu curso online, na aplicação de um vídeo, os alunos devam decidir para qual caminho seguir. De acordo com a sua pergunta, precisam optar por clicar no vídeo A ou B. Eles poderão (e deverão) tomar decisões, deixando a experiência de aprendizagem personalizada.

O objetivo, no final, é transformar a passividade, muitas vezes monótona, em uma postura muita mais de protagonismo do usuário. Além claro, de o seu treinamento ser mais fácil no tocante à absorção do conhecimento, de um jeito mais agradável, inclusivo e efetivo.

A criação de vídeos interativos

OK, agora você já sabe o que é um vídeo interativo. Mas, como cria-lo para que realmente funcione no dia a dia dos seus treinamentos?

Planejamento

Você pode até já ter experiência em criar conteúdo multimídia, mas isso não descarta a necessidade de desenhar um plano de aprendizado que se adapte aos gaps de habilidades e competências dos seus funcionários, com foco na interação.

Interatividade também tem as suas nuances. Um público pode gostar mais de uma linguagem acadêmica. Outros, de um tom mais bem-humorado. Ou, ainda, um grupo se identifica mais com uma trilha de vídeos na qual ele possa optar por qual caminho seguir, com base em oferta de opções na interação. Enfim, são muitas possibilidades, que precisam estar mapeadas em seu planejamento.

Saiba com quem o seu corpo de T&D irá se comunicar e não se esqueça de utilizar a linguagem apropriada em cada uma das situações.

Roteirização

Criar vídeos sem roteiro é uma tarefa, digamos, inviável. Isso porque, principalmente em uma situação em que a interação está em jogo, produzir algo totalmente no improviso, provavelmente, não resultará 100% nos seus objetivos de aprendizagem.

Produza seus roteiros, pensando nas quebras que existirão para os momentos interativos. Crie um cronograma, para que possa colocar suas interações e avance, variando os tipos de interações usados no programa.

Se for o caso, prepare também opções variadas de respostas em vídeo, de acordo com as perguntas apontadas pelos alunos.

Os tipos de vídeo e interações que são melhores para você usar estão diretamente associados ao que você está tentando ensinar. A ideia é você pautar as suas interações em torno das informações mais importantes para o desenvolvimento dos colaboradores.

Isso vai prender a atenção do aluno e concentrá-lo no que você quer que ele absorva, no fim.

Gravação

Após pensar e colocar o seu planejamento no papel, chega o momento da captação dos vídeos. Com um roteiro azeitado, tudo ficará simples e prático, pode acreditar.

Grave seus vídeos em um local silencioso, preferencialmente de fundo neutro, com uma boa câmera e um microfone. Caso não possua os aparelhos citados, hoje, qualquer smartphone de linha mediada cumpre bem o papel tanto de captar áudio como vídeo.

É sempre bom, também, contar com alguma pessoa que ajude no direcionamento do roteiro e na gravação em si, no estúdio. Assim, o profissional elencado para ficar na frente da câmera vai ficar totalmente focado no conteúdo.

Então, gostou de conhecer mais sobre os vídeos interativos? Deixe a sua opinião no campo de comentário, abaixo.