Motivação e Maslow: entenda a relação na educação corporativa

Não é à toa que existem diversas premiações voltadas a empresas consideradas ótimos locais de trabalho. Somente a boa remuneração não é mais fator de atração e retenção de talentos, o que impulsiona as organizações a promover ambientes estimulantes ao crescimento de carreira, liderança e realização como um todo.

A chave para tudo isso é motivar os colaboradores, em diversos aspectos. Nesse sentido, a educação corporativa, talvez, seja o principal caminho. Por isso, neste artigo, você vai conhecer a relação que existe entre a famigerada Pirâmide de Maslow, a motivação dos profissionais e o desenvolvimento de pessoas.

O que é a Pirâmide de Maslow?

É bem provável que você já tenha ao menos ouvido falar sobre a divisão proposta por Abraham Maslow, psicólogo americano conhecido pela proposta da hierarquia de necessidades humanas. De qualquer forma, vamos esclarecer o tema.

Em um dos seus artigos, intitulado “A Teoria da Motivação Humana”, Maslow desenvolveu uma tese em que nós, humanos, somos uma estrutura em desenvolvimento constante, com consciência do nosso papel no mundo e dotados do livre arbítrio. Mais tarde, esse raciocínio ficou conhecido como Pirâmide de Maslow.

Ela presume que as pessoas carregam necessidades básicas (fisiológicas, como comer e respirar), na base da pirâmide, e vão galgando patamares mais altos na mesma ao longo da vida, com quesitos mais complexos, como a autorrealização (moralidade e criatividade, por exemplo).

Já conseguiu conectar a relação da pirâmide com a educação corporativa? É compreendendo as necessidades dos colaboradores que você trilhará a oferta de cursos online, ações de aprendizagem e reciclagens certeiros, a fim de engajá-los a atingir o mais alto ponto da pirâmide e trazer melhores resultados para a organização.

Mapeando necessidades para desenvolver pessoas

Quando o gestor de Recursos Humanos não percebe essas nuances, é formatado um ambiente desestimulante em questões, principalmente, de plano de carreira e qualidade de vida no trabalho.

É aí que as ações educação corporativa como um todo tornam-se ferramentas importantes. Valorizar os seus funcionários por meio de aprimoramento de habilidades e competências elevará a produtividade no dia a dia. Cabe a você identificar os gaps tanto de desenvolvimento como de expectativas profissionais.

O ponto essencial é entender em que fase de carreira está cada pessoa, e qual a sua necessidade em determinado momento. Porém, como sabemos, cada vez menos, o dinheiro é o que importa. Foque no que realmente motiva os funcionários – se a questão salarial já for algo vem resolvido onde você trabalha, obviamente.

Maslow dividiu a motivação em níveis como autoestima, confiança, respeito, autorrealização, autonomia e crescimento pessoal. Conhecendo esses quesitos, fica mais simples focar as suas ações de treinamento em função do que realmente engaja as pessoas.

Inspiração em Maslow:

  1. Levante percepções

No papel de profissional de RH, perguntar nunca é demais. Por isso, questione os colaboradores em relação ao seu sentimento sobre metas e projetos que fazem parte. É uma ferramenta simples, mas que pode revelar o que se passa, de fato, no ambiente de trabalho.

  1. Compreenda o engajamento

De que forma (e em que nível) equipes e profissionais se comprometem com a missão, visão e valores da sua empresa? Mais uma vez, a ideia aqui é escutar, por meio de feedbacks. Entender esse alinhamento, ou a falta dele, dará insights valiosos para desenvolver cursos nesse sentido.

  1. Utilize a gamificação

Após compreender o que motiva os seus funcionários, estimule o cumprimento de ações, utilizando a gamificação. Reconhecer, incentivar e recompensar aquele grupo ou pessoa que mais se envolveu com uma trilha de conhecimento, por exemplo, vai promover um ambiente estimulador.

Conclusão

É preciso compreender de uma vez por todas que as pessoas buscam ambientes de trabalho em que se sintam seguras tanto em relação à carreira quanto à convivência com os colegas.

Acima de tudo, precisam se sentir conectadas com o propósito da empresa, sabendo que contribuem com algo maior. Cabe a você, gestor de RH, entender os gaps nesse sentido e desenvolver ações efetivas. Preparado?