Os esportes e outros jogos fazem parte do nosso dia a dia desde a infância. Basta notar o modo como as Copas do mundo e Olimpíadas mobilizam as pessoas. São maneiras leves e divertidas de compartilhar momentos em grupo.
Não é à toa que as competições de jogos virtuais e a cultura gamer tem crescido tanto nos últimos anos. O mercado gamer já é o maior da área de entretenimento, tendo movimentado 2,5 bilhões de usuários online no mundo, segundo a TechNET Immersive.
De acordo com a Forbes, a busca por conexão com outras pessoas durante a pandemia foi o que estimulou tal crescimento.
E por que não aproveitar todo esse potencial também nas empresas?
O uso das dinâmicas, metodologias e características dos jogos através da atribuição de missões, pontuação, regras, desafios, fases ou níveis, recompensas e conquistas em outros contextos se chama Gamificação. Por meio dela, é possível facilitar a aprendizagem e engajar, transformando conteúdos densos em um formato mais acessível.
Dessa maneira, a gamificação pode ser um recurso de estímulo, motivação e mudança de comportamento na medida em que converte um processo em uma experiência, seja este uma tarefa, uma ação burocrática ou uma aula.
Afinal, o desafio dos últimos tempos, com o trabalho híbrido, tem sido manter a participação das pessoas nas reuniões, treinamentos e tarefas, mesmo à distância, já que a estratégia de games corporativos conecta ações síncronas e assíncronas com muita facilidade e leveza.
O acesso, atualmente através de soluções, como plataformas, apps e consultorias, torna esse método acessível até para os pequenos negócios, contribuindo bastante para a transição ou adequação da organização para o formato remoto.
Como pode ser utilizada
Várias áreas das empresas podem se beneficiar desse recurso para diferentes finalidades:
∙ Marketing: atração de novos clientes e fidelização;
∙ Comunicação interna: simplificar, dar nitidez e melhorar a compreensão;
∙ Recrutamento e seleção: testar habilidades, verificar potencial, perfil e até mesmo o conhecimento técnico dos candidatos;
∙ Vendas: estimular o aumento da oferta de um produto específico ou facilitar a apropriação de técnicas ou de informações sobre o que será vendido;
∙ Onboarding: facilitar a assimilação da cultura da empresa, das novas funções e a interação com o time;
∙ Upskilling: facilitar a aquisição de novas habilidades e desenvolvimento de habilidades já adquiridas;
∙ Treinamentos: a área em que é mais utilizada é a aprendizagem corporativa, seja em jornadas gamificadas e trilhas, que se tornam lúdicas e personalizadas, ou universidades corporativas. As vantagens da aplicação na educação já são amplamente conhecidas, como as já citadas – engajamento, motivação, prática, melhor absorção de conteúdo, melhor experiência, aumento na conexão com o time.
Além disso, pode ser uma ferramenta de acompanhamento e feedback para os gestores em relação à evolução do seu time, de maneira não invasiva e que estimule a conquista de novas posições, posturas ou conhecimentos.
Um recurso em uma estratégia
É importante ressaltar que a gamificação é um recurso dentro de uma estratégia maior de desenvolvimento de pessoas ou outras áreas, e deve estar alinhada com os objetivos do negócio, contribuindo com uma questão enfrentada pela organização. Também precisa estar sintonizada com o público a que se destina.
Os resultados vêm com a correta aplicação do design de games e de sua lógica, pois quando mal aplicada, a gamificação pode ter o efeito contrário e gerar desmotivação, desinteresse e outros problemas causados por excesso de competição ou esforço, recompensação inadequada, falta dos estímulos certos para cada perfil de jogador, etc.
Assim, como em toda iniciativa de desenvolvimento de pessoas, criar e monitorar indicadores de eficácia dessa estratégia também é fundamental.
Por essa razão, recomenda-se sua implantação com a ajuda de um serviço especializado, que possa gerar retorno sobre o investimento. Com a tecnologia disponível hoje, é possível implantar soluções simples e atrativas, como plataformas de treinamento e aprendizagem gamificadas, que agregam muito valor ao processo.
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Bibliografia Para saber mais sobre o assunto, indico: https://www.roberthalf.com.br/blog/gestao-de-talentos/6-aspectos-sobre-gamificacao-nas-empresas-que-voce-precisa-saber-rc
Se quiser saber mais sobre o mercado gamer, acesse: https://www.diariopopular.com.br/tecnologia/mercado-de-games-a-maior-industria-do-entretenimento-cresce-a-cada-ano-167994/
Indicação de leitura:
Gamificação na prática, de Marcel Leal.
